quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

TERRAS DO MUNDO




JARDIM ARY DOS SANTOS
Santa Iria de Azóia



3 comentários:

Alex 8:12 da tarde  

Sente-se o frio do dia Manuel.

Os putos

Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto.

Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto.

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.

As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo

Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola
Porque a fome lhe abafa a dor.

Manuel da Mata 10:39 da tarde  

Alex,

Não fui amigo de Ary, que conheci bem e com quem conversei várias vezes.
Convidou-me algumas vezes para ir a sua casa; porém, naquele tempo, andava muito ocupado.
Tenho por este poeta uma imensa estima.
Obrigado pelo seu comentário, que é antes de mais, uma prenda para os nossos visitantes.

Filoxera 11:36 da tarde  

Maravilhosa, esta reportagem; estou de acordo com a Alex.
Beijinhos.

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