terça-feira, 27 de outubro de 2009

Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar?


O penúltimo livro ...

27 comentários:

João de Sousa Teixeira 2:35 da tarde  

Se me permite responder ao título do autor, direi sem grandes hipóteses de falhanço, que são os cavalos marinhos, machos, grávidos, às compras no vasco da gama lá do sítio.
Nota:
Vendo a montra já sei quem matou Abel...
Ainda é cedo. Vou ali comprar uma Bíblia e já venho.
Abraço
João

Manuel da Mata 8:30 da tarde  

Eu comprei ambos os romances. E lerei "Caim" em primeiro lugar.
Explico porquê: eu caí no fim do século vinte com a cultura romanesca do século dezanove. E não fui capaz de evoluir. Gosto de Lídia e de Marcenda, de João Mau Tempo, de Raimundo Silva e Blimunda.
Quem se recordará de uma personagem de António Lobo Antunes?

Alex: beijinho!

Manuel da Mata 8:31 da tarde  

Ó João!,

Eu sei que tu tinhas bíblias em casa e penso que não estou a fazer nenhuma inconfidência.

Abraço.

João de Sousa Teixeira 11:44 da manhã  

DUAS, anotadas.
Uma está "viciada" em Eclesiastes.
Para o Manel,
lembro-me de um: acho que se chamava aerograma, não era?

Beijinhos para os dois
João

Alex 12:28 da tarde  

Vai haver uma súbita, interessada e necessária leitura da biblia - vai esgotar! Foi o que eu pensei quando li as manifestações de Saramago (porque são manifestações, manifestações sem necessidade mas com o intuito de chocar. Porquê e para quê? É a pergunta que faço).
Não me surpreende, apesar de tudo.


Não lerei "Caim", com todo o respeito que o autor me merece (?).



É bom viver numa democracia
onde as pessoas se respeitam, independentemente das suas convicções.

Não havia necessidade´.
É como a outra que vem a Portugal e cospe nas nossas fontes, mas nós é que somos um povo sem sentido de humor (coisa que não falta por aqui, por acaso - o sentido de humor. Encantada.





Um beijo aos dois.

Alex 12:41 da tarde  

Acho que é uma boa conversa para se ter à mesa, entre uma rodela de farinheira e ...

João de Sousa Teixeira 1:58 da tarde  

Permita que ressalve o princípio deste diálogo: fiz uma graçola com a montra do seu post.
Quanto à ideia que subjaz, leio até os folhetos dos medicamentos, muito além da posologia... e não tenho qualquer perconceito de leitura. O juizo que dela faço é outra coisa.
Espero agora que não desatem a comprar medicamentos à doida só para ler as instruções...
O que quero dizer com isto?
Que a rodela de farinheira é consensual!

Abraços
João

Alex 3:25 da tarde  

João,
ressalvado o princípio de diálogo (que sempre esteve) e passando à parte final do consenso, estou a pensar em quantas rodelas de farinheira conseguirei eu contar-lhe sobre a minha quase embirração por Saramago e Shakespeare (não vai ser nada fácil) ____ dou-lhe uma pista, Joana D'arc ...


Quanto à literatura farmacêutica, eu quando não gosto de um determinado laboratório, não compro os seus medicamentos :)


e eu, que não tenho juízo nenhum, nunca leio as instruções de nada, nem dos electrodomésticos, nem das máquinas fotográficas digitais ... confesso.


Por falar em laboratórios e literatura, os livros são um pouco como as vacinas da gripe, são várias as estirpes conhecidas, e depois surgem outras, desconhecidas, não se sabendo ainda quais os efeitos secundários.


Concordam comigo?
E estamos a precisar de mais estirpes desconhecidas, são sempre os mesmos que se chegam à frente.

Alex 3:37 da tarde  

assim como, novos livros de poesia, por exemplo ....

Manuel da Mata 4:02 da tarde  

Eu não sou capaz de resolver esta catadupa de problemas. Sei fazer contas, mas só aquelas mais comezinhas. Também as de dividir.
Pois, se calhar era necessário pôr o pessoal a ler a Bíblia. Os livros todos, obviamente, que o Novo Testamento não é difícil de defender.
Ó Alex, donde é que lhe vem essa aversão pelo José de Sousa e pelo William(?)? Harold Bloom diz que são dois grandes do cânone ocidental. Nomeadamente o criador do Hamlet e do Rei Leer.
Regressemos às fatias de farinheira. Hoje, fiquei em branco, porque fui refractário ao cozido dos Rocha. Podemos começar por aí uma boa discussão.

Ao Eclesiastes os cânticos de Salomão prefiro. E brevemente sabereis porquê.

Abraço.

Alex 4:02 da tarde  

"Pouco a pouco o sol vai nascendo para onde se acostumou. Deixa riscos grossos e vermelhos no céu tão azul como é o sonho, tão limpo como é a água, tão efémero como é o nosso olhar que o fixa agora e permite depois o cerrar das pálpebras, o sono, talvez o sonho ou a prece a uma qualquer Senhora ou Santo o favor de um dia, de dia para dia."


Belíssimo.
Um grande livro de poemas, ilustrado pelo sonhos de quem se atreve a escrever pelo coração.




atrevi-me.

João de Sousa Teixeira 5:03 da tarde  

O autor do texto acima não me é desconhecido de todo. Na verdade, às vezes nem o posso enxergar!...
Peço-lhe, no entanto uma coisa, Alex: onde se lê "nascendo", na primeira linha, deve ler-se "descendo" (para fazer sentido).
Eu sei que é assim que vem escrito na capa do livro mas não é assim que está no texto propriamente dito de onde foi retirado.

Agora que estamos perto do S. Martinho, a farinheira não me sai da cabeça. Castanhas, também. ah, e pitrol, já agora.
Sobre o Saramago falamos no magusto, aceita?
Beijinho
João

Manuel da Mata 7:06 da tarde  

Se vier a ser convidado, levarei a jeropiga.E também uns figos secos e uns borrachões.
E levo comigo a Marta e o Cipriano Algor.

Alex 10:02 da tarde  

João, sabe que fiquei a pensar no cerrar das pálpebras ao nascer do sol, mas por instinto, virei o mundo do avesso e num ápice, se o sol nascia de um lado, adormecia do outro. Não me incomodou esse pormenor. Não lhe retira beleza ...

Deixamos o resto para mais tarde, mas nada de muito elaborado, sou cabeça dura mas confesso-lhe que estou roida da curiosidade pelo livro. O mais provável é lê-lo, às escondidas de mim mesma.
Beijinho João, é bom tê-lo connosco, era giro ver também o seu mundo através de uma lente,


junte-se a nós, quando lhe apetecer.

Alex 10:03 da tarde  

Manuel,será um magusto muito especial pelos vistos,
se vier a ser convidado?
e nós à espera que o Manuel nos convide ...

Filoxera 10:40 da tarde  

Ena, tanto comentário que aqui se deixou!...
Confesso que sei mais sobre bulas de medicamentos (por necessidade profissional) do que sobre a Bíblia.
Quanto ao Lobo Antunes, estes livros ainda não constam cá; gosto muito das suas crónicas. Mas Baltazar e Blimunda ficarão para sempre comigo.
Um beijo a todos, aguardando pelos petiscos (farinheira não é muito com a filha da minha mãe...).

Manuel da Mata 2:18 da manhã  

O melhor Lobo é o das crónicas, ou seja, dos casos clínicos.
E também o das cartas da guerra.
Sobre as últimas publiquei quase um ensaio, no blogue não oficial de ALA.
Beijinhos.

João de Sousa Teixeira 5:30 da tarde  

Tenho um blog, já tinha dito? E por enquanto é para aí que canalizo o tempo livre mas muito obrigado pelo convite. Faço como o Santana Lopes: vou andar por aí...
Amanhã vou publicar um poema de "Rebuçados Caramelos & Sonetos" que vem a propósito destas nossas conversas.
http://corpodepoema.blogspot.com/

Abraço
João

Manuel da Mata 6:58 da tarde  

Acho que estou a ficar surdo.

Alex 10:48 da manhã  

"Rebuçados Caramelos & Sonetos"

Vou estar atenta ... e curiosa.

Manuel da Mata 4:49 da tarde  

Alex,

A Alex pede, e o João se tiver, manda um.
Bom fim-de-semana. Beijinho

João de Sousa Teixeira 10:47 da manhã  

Mando para o Manel. Combinado.

Abraço
João

Alex 10:40 da tarde  

Manuel, fez tudo por mim ... e pediu, e eu fico sem jeito

mas agredeço do fundo do coração e irei ler com o maior carinho.
Obrigada João :)

Alex 10:50 da tarde  

RETRATO DE POETA

Nunca me fizeram um retrato
de poeta.
Mas fotografaram, pintaram e até esculpiram Pessoa
com o inevitável chapéu de feltro e o par de lunetas
que repartia com todos os heterónimos.
Não tenho um único retrato
de poeta.
Ao contrário de Walt Whitman,
que foi imortalizado em pose de patriarca iluminado,
velho, de barbas esgadanhadas muito além da decência
da pilosidade poética.
A Baudelaire que era feio, fizeram-no
com certeza por maldade.
Eu é que nunca posei
enquanto poeta,
com a mão apoiando o queixo, como os românticos
ou ambas todo o rosto, como os surrealistas.
Ou será ao contrário?

Vá lá, por favor, façam o meu retrato
de poeta,
que não tardam aí poetas do futuro,
desejosos de escrever sobre ele um ou dois versos
dum poema magnífico.




Um retrato de Poeta?
prometido!

Manuel da Mata 8:50 da tarde  

Eu vejo Campos de monóculo e Reis e Campos sem qualquer prótese óptica.
Eu vejo com muita minúcia Reis e Campos e mesmo o estouvado do Campos.
Aceito, ainda que possa não cumprir, o repto de retratar Campos.
Beijinho

Manuel da Mata 8:49 da tarde  

Devo estar a ficar senil. Queria escrever Caeiro e escrevi Campos. Várias vezes.
Deu para entender não deu?

Manuel da Mata 8:49 da tarde  

Devo estar a ficar senil. Queria escrever Caeiro e escrevi Campos. Várias vezes.
Deu para entender não deu?

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