quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sobre o novo Acordo Ortográfico ...



hum ... não sei bem, o que acham? Parece-me ó(p)timo que nos debrucemos sobre um acordo que nos obriga a refletir nas nossas escritas de rajada. Vejamos: saltaram os acentos das assembleias, plateias, ideias, colmeias, boleias, paranoias, jiboias mas continuam nos chapéus, véus, céus, ilhéus. Os velhos "chapelinhos" de crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem deixam de se usar e passam a creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem. Os tracinhos entre as palavras como auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, caem e passam a andar agarradinhas, de braço dado, assim: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução e pára-lama, por exemplo, passa a paralama. Só para nos contrariar, o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constitui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.
hum ... parece-me bem, debrucemo-nos então sobre o novo Acordo Ortográfico. Mas nós, de repente, passámos a "saloios" sem sentido de humor, um povo "triste" que nem tem poder de encaixe para piadas (?) ridículas sobre a nossa cultura. Será que o novo Acordo Ortográfico alterou também o sentido das palavras e a palavra "humor" passou a ter um novo significado? Ora, agora que veio tudo para a praça pública, toca a defender o outro lado. Haja personalidade com ... humor. Desculpem, por momentos esqueci-me que estava no Duas Lentes, um blog de ... foto-grafia.
Bom apetite!

11 comentários:

João de Sousa Teixeira 2:49 da tarde  

Ok, para mim pode ser "disso".
É a amostra, não é?
Gente como eu (ou o Manel) somos dos lados em que se come bem quando é de "alto caramouço" - no Alentejo diz-se de "cagulo"...- mediterrânicamente falando, claro.
Estou a brincar (mais ou menos...) mas tem bom aspe(c)to, sim senhor.
Não comerei com o acordo (AO) à mesa; gosto muito dos condimentos.

Abraço
João

Alex 5:33 da tarde  

Uma pequena "amostra", acredite que sim, João. E sem acordo ortográfico, concordo.

Posso garantir-lhe que os condimentos estão em perfeitas condições, assim como a temperatura do ar.


Que Outono este.
Abraço

pb 10:11 da tarde  

Minha querida prefiro o prato ao acordo ortográfico, desse, nem me lembro, continuo a escrever como sempre escrevi, com os acentos, os traços etc. bj

Filoxera 10:56 da tarde  

(acordo ortográfico à parte)
Andas a tratar-te bem...
:-)

Manuel da Mata 7:37 da manhã  

E ao bem-te-vi, poder-se-á juntar o bem-te-topo.
O meu problema de fundo com o acordo é, antes de mais, de natureza política. Tenho para comigo qua estas coisas não se resolvem por decreto e contra a vontadde dos utentes. Aqui as coisas não se passam como no SNS.
A questão de princípio é a oposição a estes senhores que, mais ou menos ignorantes uns e espertalhões outros, querem legislar acerca de tudo. Mais ou menos como no fim do Império Romano. Entre os legisladores bizantinos e os nossos não há grande diferença. Metem o bedelho em tudo quanto é sítio.
Voltarei ao assunto.

Alex 2:36 da tarde  

Legislação, burocracia e teimosia: são os principais ingredientes deste e de outros acordos ortográficos anteriores.
Não temos que igualar a língua portuguesa a todos os países cuja lingua oficial é o português, há que respeitar as origens da lingua (não da lingua com que nos debruçamos sobre a fotografia, nem sequer da má lingua mas sim da lingua portuguesa).

Eu por mim também voltarei ao assunto, mas não este, aquele ... aquele acompanhado de mel e noz.



P.S. Língua leva acento, eu sei.

Manuel da Mata 3:24 da tarde  

Noz não leva; mas nós leva e ambas são oxítonas.
Jé percebi. Fiquemo-nos, pois, pelas saladas e afins, apesar dos pratos me parecerem demasiado requintados. Comida de hotel, dir-se-ia na minha terra, onde comer bem é como diz o João Teixeira. Ou era. Que de alto caramouço já foi.

Beijinho, Alex.

Alex 9:01 da tarde  

Ora, Manuel, há quem se sente à mesa com Amigos, e enrole um pedacinho de farinheira num outro pedacinho de pão, e continue a conversar distraídamente enquanto os seus Companheiros de refeição a olham espantados.



estou a rir-me ...
Isto a propósito de coisas muito requintadas e elaboradas. Eu por acaso, gosto de extremos.
Beijinho Manuel, e bom fim de semana a todos.

Manuel da Mata 9:31 da manhã  

Alex,

Essa não vale. Você viu-me fazer a entaladinha e agora vem para a Praça Pública dizer isso?
Gosto muito de fazer isso e faço-o sem quaisquer problemas. E com um tintinho a preceito.
A Alex anda muito ocupada, eu sei, mas temos de ir aos Rochas ou ao Tico, um dia destes. Vale?

Beijinho.

Alex 9:45 da tarde  

Manuel ... mas fui eu que fiz isso!
E lembro-me muito bem de uma certa gargalhada, do género: também gosto disso.

No Tico não há farinheira ...
Nos Rochas há.

:)

Raquel Branco (Putty Cat) 10:55 da manhã  

Vinde mas é comer umas tripas à moda do Porto!

miam miam!


ps: abaixo o acordo ortográfico!!! Mas que nervos me dá!!!!!!!!!!

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