quinta-feira, 20 de outubro de 2011

os instantes

Para a Filó

devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.

os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.


por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.


os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.

foste eterna até ao fim.


O Poema é do José Luís Peixoto

4 comentários:

Alex 2:58 da tarde  

Magnífico instante ...

Alex 2:58 da tarde  

entre imagem e palavra.

Filoxera 3:30 da tarde  

E num instante eu fico de olhos marejados.
E num instante te digo "obrigada"...
E num instante o meu dia fica eternamente marcado por esta lembrança de ternura.
Tão bonito, Piedade...
Obrigada. Um beijo abraçado.

Isa Maria 9:24 da manhã  

um simpatia bonita, entre duas amigas. Gostei.

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