Poema inútil com montanha
Rui Costa
1972 - 2012
Vejo a montanha à minha
frente pousada
Sobre a água sempre verde,
e penso na inutilidade
De tudo o que ela é, e na
inutilidade de estar pensando nisto,
Quando um pensamento
inútil me sugere
Que a montanha pode ser
Um pormenor pensado por ela
Na paisagem do meu próprio
pensamento, para
Com isto me levar a pensar
sobre pensamentos,
E não sobre montanhas,
ficando ela, como antes,
Pousada na água sempre
verde, sem ser
Pensada por ninguém.
5 comentários:
Mais uma foto a condizer com as palavras. Excelesntes momentos do Duas Lentes. Boa semana. Isa.
Quem sabe?...
Gosto da foto e do poema.
Manuel da Mata
PS-não consigo comentar, enquanto membro do próprio blogue. O que se passará?
Não é de todo inútil
pelo contrário,
todo o sentido ...
Bela conjugação.
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