Cores
Para a IMaria
imagino que sobre nós virá um céu
de espuma e que, de sol em sol
uma nova língua nos fará dizer
o que a poeira da nossa boca adiada
soterrou já para lá da mão possível
onde cinzentos abandonamos a flor.
dizes: põe nos meus os teus dedos
e passemos os séculos sem rosto,
apaguemos de nossas casas o barulho
do tempo que ardeu sem luz.
sim, cria comigo esse silêncio
que nos faz nus e em nós acende
o lume das árvores de fruto.
diz-me que há ainda versos por escrever,
que sobra no mundo um dizer ainda puro
.
O poema é do Vasco Gato
Um dizer ainda puro
imagino que sobre nós virá um céu
de espuma e que, de sol em sol
uma nova língua nos fará dizer
o que a poeira da nossa boca adiada
soterrou já para lá da mão possível
onde cinzentos abandonamos a flor.
dizes: põe nos meus os teus dedos
e passemos os séculos sem rosto,
apaguemos de nossas casas o barulho
do tempo que ardeu sem luz.
sim, cria comigo esse silêncio
que nos faz nus e em nós acende
o lume das árvores de fruto.
diz-me que há ainda versos por escrever,
que sobra no mundo um dizer ainda puro
.
O poema é do Vasco Gato
3 comentários:
Lindo, este post-dedicatória...
Beijos.
Gosto de Vasco Gato
e gosto muito das tuas fotografias
Oh, só hoje vi Piedade. Obrigado. Lindo poema e linda foto.
jinhos
Isabel
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